12 julho, 2011

Olhar para dentro sem fazer perguntas faz bem

(...) o meu temperamento pertence à escritora, não à mulher.
Anäis Nin in Henry & June.

Hoje deparei-me com esta frase, explicou muita coisa.
A quem o meu temperamento pertence ainda não sei. Sei que, com certeza, não é à mulher. Por demasiado tempo pertenceu à mulher e só agora percebo que havia um conflito. Um conflito que já existia à tanto tempo que nunca pus em causa que pudesse pertencer a outra que não a mulher.
Estou disposta a descobrir e não há pressas.
No outro dia dei por mim a ver um vídeo caseiro, recente, e pensar que aquela que estava no vídeo não era a pessoa que eu conhecia como sendo eu. A voz tinha uma tonalidade mais grave (mas sempre com um fio de agudo), as minhas expressões tinham mudado, a bolha que nos abraça e que transmitimos a quem vive connosco completamente diferente. Fiquei surpreendida com isto, mas também com o facto de achar interessante que não me fizesse confusão ver-me tão diferente, mas tão melhor.
Não deixo de ser eu, quer por me ter libertado da mulher quer por nao me ter reconhecido.

2 comentários: