Depois de uns quantos "bom dia" e "boa tarde" a Srª do prédio do lado decidiu-nos presentear com umas plantinhas. Com muita ginástica de varanda para varanda, lá nos chegaram as ditas cujas.
Ainda podemos acreditar um pouco na bondade das pessoas e no bairrismo? Eu acho que sim e não quero deixar de acreditar.
Um grande obrigada à Srª do prédio do lado.
Nunca tive nada contra pombos, até me perguntava porque eram as pessoas tão picuinhas quanto aos pombos. Confesso, que quando às vezes vinham quase contra mim na rua, não achava muita graça (pensava, embora estranhando, que talvez não tivessem boa visão...).
Mas agora... agora, tudo mudou. Já percebo porque as pessoas não simpatizam com os pombos.
Eles entram dentro de casa, borram o chão (na melhor das hipóteses) e ainda debicam alguma comidinha que encontrem pelo caminho. E não se sentem nada, mas mesmo nada, amedrontados pela fúria humana...
Mas porque nem todos os pombos são maus, aqui fica (para alegrar):
Hoje no Público vem uma crónica que fala sobre o já famoso abraço da tal rapariga ao tal agente.
Li o texto e não sei se percebi onde a Joana G. queria chegar. Não sei se a culpa é do texto se é do título e resumo a ele associado, que nos deixam na expectativa de que tanto vai ser discutido. Porém, quando chegamos ao fim do texto parece que as suas frases, ou ideias, nunca chegaram ao fim.
Há uns tempos, quando me encontrava à porta de um festival a decidir se gastava 15 € para entrar, alguém me disse "o dinheiro é subjectivo". Ao que eu respondi que não me parecia que fosse visto que era ele, o Sr. Subjectivo, que me colocava comida na mesa até ao fim do mês. Também eu gostaria de viver num sistema de troca directa, mas por enquanto não é possível.
Porque interessa à Joana G. mais a história do Sérgio do que da Adriana? Não cheguei a compreender... Mas gostava mesmo de perceber. Realmente, a história da Adriana parece-me um pouco desenxabida, embora goste muito mais dos abraços do que das garrafas, ou cacetetes, a voar, mas o texto nem é sobre isso, pois não?! Parece-me mais ser sobre o porquê de as pessoas se terem manifestado no último sábado.
No fim, aqui estou eu a falar do artigo que a Joana G. escreveu. Se calhar até deu resultado, se é que era este o objectivo.
No campo.
Algo de extraordinário que não dá para substituir.
Um fresco que me traz tantas memórias, através de sons e cheiros.
Lembra-me a casa dos meus avós, com o cheiro a verde e estrume, os sons dos galos e dos sinos.
O vento a roçar nas árvores.
Ao acordar abri as janelas.
Veio de encontro a mim o vento, mais como uma brisa, e transportou-me para o outro lado do oceano, em terras brasileiras.
Bem sei que os cheiros são muito diferentes, mas o fresco que me ultrapassou e, ao mesmo tempo, me abraçou conseguiu levar-me, novamente, até aquela varanda, à viagem de ônibus, à praia.
Momentos que não são de hoje, são, cada vez, mais distanciados no tempo, mas que não desaparecem assim.
"Governo poderá fechar Canal 2 e concessionar todo o grupo RTP a privados" é um dos títulos de hoje no Público.
Nem vou falar da parte da privatização...
Fechar a RTP2?! O único canal português em que se tem uma programação de jeito, que nos apresenta uma variedade de material que nos pode tirar da parvalheira dos reality shows, das telenovelas e de todos os programas com capacidade para nos destruir tudo o que o nosso cérebro tem de culto e de interesse pelo que nos rodeia (e não, não estou a falar de viver a vida dos outros)? É a sério?
Fico parva com as decisões deste governo (dos outros anteriores também).
O objectivo deve mesmo ser estupidificar as pessoas, tirar-lhes, ainda mais, o acesso à cultura.
Cada vez percebo menos disto. É uma lógica que não consigo acompanhar, não mesmo...
Dormir de janela aberta e ouvir os pássaros, o vento nas árvores, os miados dos gatos.
Sentir o fresco a entrar pela janela e olhar para o céu... e há tantas estrelas que é impossível contar.
Deixarmo-nos estar. Absorver tudo o que conseguimos.
Adoro os doodles dos Jogos Olímpicos de 2012.
Para não falar em todos os outros que têm aparecido no motor de busca da Google.
Gosto muito da ideia, até porque nos faz recordar e aprender novas datas.
Aqui alguns exemplos,
Fazei, Senhor, que nunca os admirados
Alemães, Galos, Ítalos e Ingleses,
Possam dizer que são pera mandados,
Mais que pera mandar, os Portugueses.
Tomai conselho só de esprimentados,
Que viram largos anos, largos meses,
Que, posto que em cientes muito cabe,
Mais em particular o experto sabe.
Este verão que não cheira a verão. Nem de calor está ele carregado.
Sinto a falta dos cheiros e do calor quente, seco e abrasivo.
A culpa é do vento que sopra e sopra, na sua maioria fresquinho, rouba tudo por onde passa.
É um dos filmes da minha vida. Adoro-o do princípio ao fim.
Lembrei-me dele pela música que saía da janela do vizinho.
Acredito valer a pena recordar-me, e a vocês, do Pulp Fiction.
A conversa corria bem. Ele estava visivelmente embriagado, olhos verdes, cabelo castanho claro, ralo, e com algumas entradas. Camisola roxa. Falava com ela sobre pintores, não sabia tanto quanto parecia, ela mais sábia no assunto. Enquanto escutava mexia no cabelo. Que era castanho, esticado pelo secador, cuidado. A conversa corria bem. Mesmo com nomes errados, mal ditos ou épocas trocadas. Até ao momento em que ele a mencionu, a forma como o fez... "A minha mãezinha". Parou de mexer no cabelo. Ele apercebeu-se, nem tanto pelo que disse mas pela reacção dela. Esfriou.
Aaaaaaahhhh! Que preguiça, que vontade de me deitar ao sol, tal gato, e lavar-me com a minha própria língua, naquele movimento tão lânguido.
Que vontade de deixar a preguiça apoderar-se de mim.
Nunca gostei de fazer provas. Aqueles alfinetes todos assustam-me. Sempre em estado de alerta. Na verdade, não me lembro de alguma vez algum me ter de facto tocado com a sua ponta afiada. Até que o medo se justificou. Picou, espetou, afundou e afundou ainda mais. Não doeu assim tanto, mas continuo a não gostar nada de saber que eles me podem picar.
Quando era pequena, uns 7/8 anos, torci o braço à minha melhor amiga.
Assim, num impulso, com uma rapidez incrível, impensado.
No momento em que o fiz, comecei a chorar, como se tivesse inflingido aquela dor em mim. Aquela não, bem mais.
Uma lição, muito forte, para controlar os meus impulsos.
Ontem, no metro do CG. Trocar de linha, verde para amarela. 1h4m. Sabia que, o próximo metro para casa, nunca ia chegar antes da 1h20m. Começamos a descer as escadas e vejo uma, ou duas pessoas a acelerar o passo. Passados 3 seg, já quase todos estão em passo acelerado, começam a acelerar até que correm. Todos correm, excepto eu. E eu, só não corri porque sabia que o metro não ia chegar entretanto.
Achei incrível o poder que uma, ou duas pessoas podem ter numa multidão. Ainda mais, de uma forma tão pouco direccionada.
Algumas palavras, e seus significados, são importantes na nossa vida. Por precaução, para nós e para os outros. Por exemplo.
Sarcasmo (nome masculino) 1. uso da ironia para troçar ou exprimir desprezo por alguém; ironia azeda 2. figura de retórica próxima da ironia, mas que exprime agressividade e rebaixamento do destinatário visado
Egoísmo (nome masculino) qualidade de egoísta; amor exclusivo da sua pessoa ou dos seus interesses
Paciência (nome feminino) 1. capacidade de suportar males, incómodos e dificuldades com tranquilidade 2. resignação 3. persistência; perseverança
Tolerância (nome feminino) 1. acto ou efeito de tolerar 2. acto de admitir sem reacção agressiva ou defensiva 3. atitude que consiste em deixar aos outros a liberdade de exprimirem opiniões divergentes e de actuarem em conformidade com tais opiniões; aceitação 4. aceitação ou tendência para perdoar erros ou falhas; condescência, indulgência
Desapontamento (nome masculino) 1. sensação desagradável em face de algo ou alguém que não cumpriu as expectativas; decepção 2. frustação dos desejos ou das esperanças de alguém; desilusão
Louco (adjectivo) 1. que perdeu a razão; doido; alienado; demente 2. insensato; imprudente; doidivanas 3. extraordinário; exagerado
Desta vez, uma lembrança que nunca tinha aparecido, não sei se ainda estava presente no meu consciente. Acho que não.
O cheiro da madeira acabada de cortar trouxe-me à recordação uma tarde com o meu pai, numa serralharia, que já não existe nem sei se dela sobrou o edifício.
Não me lembro do que lá fomos fazer, mas lembro-me do cheiro e dos sons.
Murakami, para mim, um dos preferidos.
Mostro-vos uma capa, que não a portuguesa, por a achar tão bonita. E, também, por achar que não é difícil de associarem o autor e o nome dos livros às capas portuguesas.
São três volumes, o terceiro ainda não saiu em português. Eu vou no segundo.
A adorar como sempre.
Com 27 a caminhar para os 28 (caminha devagar, se faz favor) obtive a minha primeira t-shirt com a frente estampada com o logo, ou como lhe quiserem chamar, de uma banda. Estou, assim, feliz. É bonita.
Tenho saudades do cheiro, da luz, da areia indesejável-desejável que se mete por todo o lado, da água, fria, quente e gelada, da brisa que de ti vem. Para lá da imagem, está o mar, a praia.
Eu sou tu, mergulho, nado, volto a mergulhar, faço tudo por tudo para ficar com areia por todo o lado, por todo o lado... só para ter de voltar a mergulhar. Espera.
Só mais uma vez.
Fomos ao Fábulas, esse mesmo. Não foi a primeira vez mas ficou a vontade de ser a última.
Como o dia estava chuvoso, o interior encontrava-se a abarrotar, todos os lugares ocupados, decidimos ir para a esplanada, onde já estavam outras pessoas. Sentámo-nos, tomamos a liberdade de começar a ver a ementa, já acostumados à lentidão do serviço. Até que nos apercebemos que a esplanada estava "fechada". Não havia nada que indicasse que se encontrava fechada, não houve nenhum empregado que nos informasse.
De todas as vezes que lá fui, posso dizer que o serviço é muito lento, muitas vezes temos de nos levantar e pedir se podem ir à nossa mesa, mesmo quando estamos nós e mais dois grupos. O espaço é espectacular, a comida também é agradável e com uma oferta variada e diferente, no conjunto é um conceito muito aprazível, mas só isso não chega... Pelo menos para mim.
Já não andava de bicicleta há, (nem sei...) pelo menos, 10 anos.
Não se percebe muito bem, até porque fazia parte do meu dia-a-dia, dos meus amigos, de mim.
E eu gostava mesmo daquilo tudo, ficar sentada tardes inteiras enquanto vos via desmontar a BMX para de seguida montar tudo de novo. Tantas foram as tardes que já sabia o nome de todas as peças, parece-me até que conseguia desmontar e montar tudo como vocês faziam, mas tal nunca aconteceu.
Normalmente, nem pedalava, havia sempre alguém que me levava, sentada no quadro, por vezes com a Tiboule ao colo. E ela gostava daquilo, bem mais do que andar de carro (que era um martírio para ela).
Ao andar de bicicleta, com as primas (todas entusiasmadas, porque a "velhota" da prima se decidiu a ir pedalar com elas), percebi as saudades que tenho daqueles tempos, daquelas vivências.
Hoje são elas, as primas, que se encantam por esse mundo, de uma maneira diferente, pois os tempos são outros e as circunstâncias também.
Há qualquer coisa que me incomoda. Não é desconhecida, existe há muito tempo, andava escondida.
Quero acreditar que vai dormir em breve e deixar de me chatear. Quero acreditar que é possível o que queremos, que é possível sermos quem realmente queremos ser e não outros que nos pareçam bem. Não quero cometer erros passados e torná-los presente e futuro...
Tenho um trauma com cabeleireiros, desde cabelos curtinhos horrorosos, a pontas a transformarem-se num quarto do cabelo, acabava sempre chorosa depois daqueles cortes.
Hoje falávamos de cabeleireiros e a imagem que me surgiu foi a de um Eduardo Mãos de Tesoura a cortar-me o cabelo, naquele estado em que ele já não se consegue controlar.